O dia 13 de Maio, data marcada pela assinatura da Lei Áurea em 1888, é comumente lembrado como o fim da escravidão no Brasil. No entanto, essa narrativa esconde as nuances e complexidades desse processo, muitas vezes romantizado e apresentado como um ato benevolente do governo da época.
É crucial reconhecer que a abolição não significou a verdadeira liberdade para os negros. Eles foram jogados à margem da sociedade, sem terra, educação ou oportunidades, condenados à pobreza e à segregação. As estruturas racistas que sustentavam o sistema escravocrata permaneceram intactas, perpetuando a desigualdade e a discriminação até os dias de hoje.
Em Taguatinga, como em todo o Brasil, a herança da escravidão ainda se faz presente. A população negra enfrenta diversas disparidades, como a menor renda, a menor escolaridade e o maior índice de encarceramento. A violência racial, ainda que disfarçada em outras formas, continua a ceifar vidas negras diariamente.
Apesar dos desafios, o 13 de Maio também é um dia de celebrar a resistência e a luta do povo negro. É um momento para reconhecer a força e a contribuição da cultura afro-brasileira para a nossa sociedade.
Cento e trinta e seis anos após a assinatura da Lei Áurea, ainda há muito a ser feito para construir uma sociedade verdadeiramente justa e igualitária. É necessário combater o racismo estrutural em todas as suas formas, investir em políticas públicas que promovam a inclusão social e garantir os direitos da população negra.
Em Taguatinga, podemos celebrar o 13 de Maio organizando debates, rodas de capoeira, apresentações musicais e outras atividades que valorizem a cultura afro-brasileira. É importante também apoiar iniciativas que combatam o racismo e promovam a igualdade racial.
O 13 de Maio não é apenas um dia para lembrar do passado, mas sim para agir no presente e construir um futuro mais justo e inclusivo para todos.
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