Mito 1: “A economia vai quebrar”.
Essa afirmação, repetida em diversos momentos de avanços nos direitos trabalhistas, como a abolição da escravidão e a implementação da CLT, ignora o papel da classe trabalhadora na economia. O consumo dessa classe é o que move o comércio e os serviços, e a redução da jornada, com a consequente geração de empregos, aumentaria a demanda agregada.
Mito 2: “Vai gerar desemprego em massa”.
Pelo contrário, a redução da jornada de trabalho exigiria a contratação de mais trabalhadores para manter o funcionamento das empresas e comércios combatendo o desemprego. As empresas e comércios precisariam de um quadro de funcionários maior bem como otimizar seu funcionamento interno, via de regra, uma empresa que necessita da escala 6×1 para funcionar é uma empresa má gerida.
Mito 3: “Os preços vão aumentar (inflação)”.
O baixo poder de compra e consumo é sintoma do alto índice de desemprego, informalidade e endividamento da população. A falta de políticas públicas eficazes para estimular o consumo e a geração de empregos são o que resultam na inflação. O fim da escala 6×1 culmina na solução a curto prazo com o trabalhador tendo mais tempo para participar da economia dignamente.
Mito 4: “As empresas vão fechar.”
O problema central das empresas, especialmente as micro e pequenas, não é o custo da força de trabalho, mas sim a baixa demanda agregada. O fechamento de empresas, que já é uma realidade no Brasil, pode ser melhorado com a diminuição da jornada de trabalho.
Mito 5: “A produtividade vai cair.”
A produtividade no Brasil está estagnada há décadas devido um modelo econômico baseado no constante avanço da superexploração da força de trabalho sem priorizar a saúde da classe trabalhadora. A redução da jornada, aliada a políticas de investimento em tecnologia, inovação e qualificação profissional, poderia, na verdade, aumentar a produtividade garantindo melhor qualidade de vida à classe trabalhadora.