Em Taguatinga, um gigante adormece. O Centro Administrativo de Taguatinga (Centrad), um conjunto de 16 prédios públicos, permanece desocupado há quase uma década. Mas o que isso significa para a nossa comunidade?
Inaugurado em 2014, o Centrad foi projetado para ser o novo lar dos órgãos administrativos do governo distrital. No entanto, uma série de desafios e disputas impediram a conclusão das obras, deixando o complexo de 182 mil m² vazio e inacabado. Isso tem gerado impactos significativos para o comércio local, que investiu na região na esperança de um aumento no movimento com a inauguração do complexo.
O projeto de transferência de órgãos administrativos para uma nova sede em Taguatinga está parado há 9 anos. A ideia era trazer cerca de 15.000 funcionários públicos do centro da cidade para onde está a maior parte da população. No entanto, a ocupação dos prédios ainda tem mais um impeditivo: o governo não iniciou as obras viárias no entorno para receber os funcionários públicos.
A comunidade de Taguatinga se sente abandonada e sem informações claras sobre o que será feito do Complexo Administrativo. Moradores e comerciantes expressam sua preocupação com a insegurança e a degradação do local, que se tornou um ponto de proliferação de mosquitos e um foco de criminalidade.
A situação do Centrad é um reflexo de uma questão maior: a necessidade de descentralização dos serviços públicos. A ideia de trazer os órgãos administrativos para mais perto da população é louvável, mas a execução do projeto foi classificada como “truncada e irresponsável” por especialistas.
Essa história do Centrad é uma lição para todos nós. Mostra a importância do planejamento e da execução cuidadosa dos projetos públicos. Para a comunidade de Taguatinga, o Centrad representa uma promessa não cumprida. Mas também é um lembrete de que, se trabalharmos juntos, mobilizando nossa comunidade, podemos acordar um gigante adormecido para que isso sirva a toda a comunidade de Taguatinga e do Distrito Federal.
