Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos efetua diligências para investigar tragédia no Hospital São Vicente de Paula em Taguatinga

No último Natal, um episódio trágico abalou a comunidade de Taguatinga: uma paciente foi encontrada morta no leito do Hospital São Vicente de Paula. Esse incidente levanta questões urgentes sobre as condições de atendimento nos hospitais psiquiátricos e os direitos humanos das pessoas em sofrimento mental.

O Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (CDPDDH) prontamente realizou uma diligência no hospital, coletando informações para subsidiar a investigação do ocorrido. O CDPDDH é composto paritariamente por membros do poder público e da sociedade civil, totalizando 32 membros efetivos e 32 suplentes. Sua missão inclui investigar casos e denúncias de violações dos direitos humanos, encaminhando-os às autoridades competentes e fiscalizando as políticas de direitos humanos no Distrito Federal.

A luta antimanicomial, há décadas em pauta no Brasil, busca promover um modelo de atendimento humanizado e inclusivo, rompendo com a lógica de exclusão e confinamento que historicamente marcou o tratamento das pessoas com sofrimento mental. Episódios como o registrado no Hospital São Vicente de Paula evidenciam que ainda há um longo caminho a percorrer.

Este caso é um chamado para que a sociedade e os órgãos competentes intensifiquem a fiscalização e reavaliem o modelo de atendimento psiquiátrico vigente. É preciso garantir que cada paciente receba tratamento digno e respeitoso, alinhado às políticas públicas de saúde mental previstas pela Reforma Psiquiátrica.

Mais do que nunca, é essencial que vozes como a da advogada Lúcia Bessa e do CDPDDH ecoem, denunciando violações e exigindo transformações. O movimento antimanicomial não é apenas uma pauta de saúde pública, mas um imperativo ético e de justiça social, para que tragédias como esta não se repitam.