O que o movimento para o fechamento do Centro POP deveria aprender com o movimento da Asa Norte

Hoje é o Dia Nacional da Luta da População em Situação de Rua, uma data que nos faz lembrar do trágico “Massacre da Sé” em 2004, quando sete pessoas foram brutalmente assassinadas e oito ficaram gravemente feridas enquanto dormiam na Praça da Sé, em São Paulo. Este dia é um marco importante na luta pelos direitos das pessoas em situação de rua e das instituições que trabalham para promover ações de cuidado e proteção social.

Recentemente, em Taguatinga, houve uma iniciativa para o fechamento do Centro POP, que não teve muita adesão da comunidade local. É interessante notar que a manifestação na Asa Norte, enfrentando o mesmo problema, adotou uma abordagem diferente, focando na falta de segurança e no acolhimento insuficiente das pessoas em situação de rua. Essa estratégia atraiu mais apoio da imprensa e da comunidade, sem atacar diretamente um serviço estatal que busca prestar assistência social a essa população marginalizada.

Quando falamos de pessoas em situação de rua, estamos nos referindo a indivíduos que frequentemente enfrentam problemas de saúde mental, como abuso de drogas e outras doenças mentais.

A maioria das pessoas não está na rua por que quer, mas normalmente pelo abandono de suas famílias e por não ter condições de moradia.

Moradia que é inclusive um direito constitucional, mas que infelizmente o estado não consegue garantir.

Moradia cuja falta define preconceitos: Quem usa drogas e tem casa é melhor do que aquele que usa e não tem? Quem rouba e tem casa é melhor do que aquele que rouba e não tem?

É crucial lembrar que a população em situação de rua é um grupo vulnerável que necessita de apoio e proteção do Estado. O Dia Nacional da Luta da População em Situação de Rua é um momento para refletirmos sobre essa questão e cobrarmos do Estado medidas efetivas para garantir os direitos dessa população.

por @lzdealmeida